O suco das palavras, de Jaime Ferreri, é mais um título do seu amor às letras que vai manufaturando. Quarenta e três textos (com sucos e sabores a servir de condimento) de que se fazem contos, crónicas e, também, murmúrios da alma. Tudo em micro, em pequenos textos, sem o cansaço do leitor a servir de desculpa no quase dever duma leitura em catadupa.
Esta opção dum livro sem peias, sem as ligações a que um texto inteiro obriga, permite o saltitar por ele, numa escolha cronológica, do fim para o princípio ou até mesmo, quem sabe, aleatoriamente, na sadia marginalidade de livre escolha. Tudo pessoal, sem regras, ao gosto de cada leitor.